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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Milhões de habitantes. Eis o número de brasileiros apontado em 2020 pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Arredondei, por supuesto.

Definitivamente, como qualquer um pode concluir, não é, mesmo, pouca gente! Pelo contrário.

Ainda assim, quando se trata de mensurar, ainda que precipitadamente, a quem chefiar o executivo nacional, que é tanto, mas que também é somente um dos poderes constitucionalmente consagrados da república parece, e só parece, haver somente dois indivíduos capacitados.

Que desperdício...

Havendo verdade nesta crença de alguns, a mim ainda incompreensível, definitivamente o País está irretorquivelmente desgraçado. Ora, se neste oceano de pessoas somente duas partículas dele é capaz da tarefa, somos um povo debilitado.

Sim, absolutamente débeis na senda de forjar lideranças, na potencialidade de entre mais de duas centenas de milhões de compatriotas encontrar ao menos a centelha, uma brasa a ser atiçada, em uma ou um terceiro.

Para pior, nem se fale na humanamente impossível unanimidade a propósito de quem entre ambos, mas da completa ausência de mínimo consenso, ou busca dele, no que refere a basilares intenções filosóficas, ideológicas, administrativas, e etecetera e tal, a respeito do tema que for abordado, ou enfrentado. Consenso, aliás, tal qual vislumbre de futuro, ou ainda mera disposição para o diálogo, denota coadunação, sendo iniciativas deploráveis e rechaçadas por qualquer das escassas duas autodesigandas esperanças pátrias. Parece, aparenta, não haver oportunidade ou espaço para alternativa, qualquer ou quantas sejam elas que, se aventadas, vem apenas para atrapalhar processo de escolha obrigatoriamente restrito a quem já foi e não agradou e a quem é e não agrada...

O que alenta é o silêncio.

É nele que a atenção mais apurada poderá detectar que a imensa maioria dos duzentos e muitos milhões anseia e vê além e melhor que há, ou pode sim haver, possibilidade de alguém com outro número de CPF, e concepções, e intenções, e posturas, e atos, e proposições, vir a ser o condutor do País.

Se prova cabal do que afirmo não trago, peço a atenção de quem me lê aos alicerçais instrumentos de forjo e influência de opiniões nacionais, como fundamentais meios de manifestações de pensamentos (se assim podem ser qualificados) e vontades: Facebook e grupos de WhatsApp. Não perca tempo, caro leitor, cara leitora, buscando nos livros de história ou mesmo dados oficiais em referência, como o que e como pode influenciar pensamentos, opiniões e votos na derradeira e definitiva hora, do nosso povo.

Será ali, naqueles ambientes, que se verá cada vez mais minguadas manifestações de louvor ou ojeriza, conforme o caso, sempre de fontes comprometidas (quando passíveis de identificação), partindo de premissas equivocadas ou deliberadamente distorcidas a ignorar a realidade ou subverte-la ao sabor da conveniência do compartilhador.

No mesmo passo, mas em superior e desproporcional parcela, os adeptos do ambiente único que proporciona o raciocínio, a análise, a ponderação e, então, a esperança de consciência: o silêncio. Sim, esta contemplação tão mais civilizada e educada onde pode não haver barulho, mas há grito, brado, que sai na hora oportuna, no volume adequado, pela via civilizada e amadurecida, como reclama qualquer decisão sábia.

Não é ilícito, tampouco reprovável que os gritões prossigam a crer em salvadores da pátria ou mitos, em absoluto. Que prossigam como quiserem.

Mas que seria muito conveniente e até agradável perceberem que não conseguirão tolher o discernimento dos dispostos ao raciocínio, ah, como seria! Minimamente, nem que fosse alguns deles, parariam de encher o saco.

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